Ginástica compensatória: o que é e qual sua importância?
Entre os tipos de ginástica laboral está a compensatória. A ginástica compensatória, assim como o seu próprio nome sugere, tem por objetivo compensar os esforços físicos e corrigir a postura dos funcionários durante suas jornadas de trabalho.
Por essa característica, a ideia de ginástica compensatória é que sejam realizadas pequenas séries de exercícios em algum momento ao longo do dia de trabalho.
Em um intervalo que pode durar entre 10 a 20 minutos, os movimentos sugeridos aos colaboradores ajudam a aliviar a tensão física e mental, comuns de serem sentidas no decorrer das atividades de trabalho.
Essa também é uma maneira de tirar o corpo da posição que fica por horas, o que, por sua vez, contribui para corrigir a postura, reduzir a fadiga e a sensação de cansaço, e relaxar um pouco a mente.
Aqui, vale destacar que a prática da ginástica laboral não é obrigatória por lei. No entanto, ela é bastante indicada, além de ir ao encontro do que está determinado na NR 17, que é a norma reguladora que define as questões ergonômicas que precisam ser atendidas por todas as empresas, independentemente do seu porte ou segmento.
Dos benefícios que atingem tanto empregados quanto empregadores, um dos que podemos citar é que as diferentes formas de ginástica laboral ajudam a evitar doenças do trabalho, a exemplo do DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) e da LER (Lesões por Esforços Repetitivos).
Com isso, a qualidade de vida dos trabalhadores melhora, o número de afastamentos médicos diminui, a produtividade aumenta, além de diversos outros retornos positivos que contempla todos os envolvidos.
Mas com relação à ginástica compensatória, propriamente dita, como ela funciona, quais são suas vantagens e como você pode trazer essa atividade para a sua empresa? Confira essas e outras respostas sobre o tema agora, neste artigo!
O que é ginástica compensatória?
A ginástica compensatória é um tipo de ginástica laboral a ser realizada em algum momento durante o dia de trabalho.
O principal objetivo dos exercícios físicos sugeridos nessa prática é interromper a monotonia e, com isso, chamar a atenção do profissional para a postura corporal que está adotando até aquele instante.
Por conta disso, os movimentos sugeridos na ginástica compensatória visam relaxar os músculos, mas também a mente do trabalhador.
Dessa forma, é possível reduzir um pouco o cansaço físico e mental normais de serem sentidos ao longo do expediente. Como reflexo, isso contribui para:
- aliviar dores corporais;
- reduzir o estresse;
- diminuir a sensação de cansaço e fadiga;
- promover um pouco de relaxamento;
- trazer disposição para finalizar o dia de trabalho da melhor forma possível.
Considerando que a ginástica compensatória também alonga e repara a musculatura, corrige a postura, e compensa os movimentos e os esforços repetitivos, ela ajuda na prevenção de uma série de doenças ocupacionais, a exemplo do DOR e da LER que citamos logo no início deste artigo.
Como funciona a ginástica compensatória?
A ginástica laboral funciona por meio da promoção de uma pequena pausa durante a jornada de trabalho. Nesse intervalo, que pode variar entre 10 a 20 minutos, os profissionais devem ser orientados por um especialista sobre quais exercícios podem fazer para obter todas as sensações de bem-estar que acabamos de citar.
Aqui, é válido destacar que esse tipo de ginástica laboral é indicada para todos os profissionais, independentemente do seu cargo ou função. No entanto, ela tende a ser ainda mais benéfica para aquelas pessoas que passam longos períodos na mesma posição, executam atividades repetitivas, e/ou que estão em um ambiente estressante.
Vale ressaltar também que os exercícios físicos praticados podem contribuir para reduzir o cortisol, hormônio que provoca o estresse.
Essa diminuição, por sua vez, pode resultar em colaboradores mais tranquilos, com menos tensões físicas, musculares e mentais, resultando em um local de trabalho mais harmônico e agradável de se conviver.
Quais exercícios podem ser praticados na ginástica compensatória?
Os exercícios que podem ser praticados com o intuito compensatório, assim como os sugeridos para as demais modalidades de ginástica laboral, devem ser orientados e direcionados por um profissional da área.
Fazer essa prática por conta própria pode resultar em lesões e, quando isso acontece, a tendência é que o resultado seja o oposto do esperado.
Além disso, na hora de definir quais exercícios podem ser feitos, é essencial considerar a função que o trabalhador exerce, a fim de indicar movimentos realmente compatíveis com o esforço exigido do seu corpo e mente.
Porém, em linhas gerais, há algumas práticas que tendem a ser comuns na ginástica compensatória. Alguns exemplos são:
- exercícios de alongamento;
- exercícios para correção de postura;
- técnicas voltadas para respiração.
Exercícios de alongamento
Como a própria nomenclatura sugere, os exercícios de alongamento são aqueles voltados para relaxar a musculatura e aumentar a flexibilidade corporal.
Comumente, são sugeridos movimentos que proporcionam o alongamento do pescoço, ombros, braços e pernas.
Práticas como essas contribuem para elevar a consciência corporal, ampliar os movimentos dos membros superiores e inferiores, e prevenir lesões, especialmente as resultantes de esforços repetitivos.
Exercícios para correção de postura
A ergonomia no ambiente de trabalho está totalmente relacionada à qualidade de vida do profissional e à sua produtividade. Dor nas costas, por exemplo, é um problema bastante comum entre os trabalhadores brasileiros que compromete a saúde, o dia a dia e a execução das tarefas.
Os exercícios da ginástica compensatória, voltados para essa finalidade, minimizam as sobrecargas em áreas específicas do corpo, tais como ombros e coluna, proporcionando mais bem-estar para os profissionais.
Técnicas voltadas para respiração
Como dissemos, esse tipo de ginástica também contribui para reduzir o estresse, especialmente pelo fato de motivar pequenas pausas ao longo da jornada, o que costuma contribuir para desviar o foco do colaborador de situações tensas, de esgotamento e de exaustão mental.
Sobre isso, é importante destacar que as técnicas de respiração melhoram o fluxo de oxigênio de todo o organismo, o que leva ao relaxamento muscular e à redução de sensações como ansiedade, agitação, desassossego, nervosismo, impaciência e irritação.
Não podemos deixar de citar aqui que sentimos como esses afetam não apenas o trabalhador em si, mas também o seu relacionamento com colegas de trabalho, líderes e até clientes.
Esse comportamento, por sua vez, tende a impactar negativamente a dinâmica de trabalho e os resultados entregues tanto pelo funcionário (de forma individual) quanto pela equipe na qual ele está inserido.
Como promover a ginástica compensatória para quem está em home office?
Neste momento você já deve ter compreendido como a ginástica compensatória funciona e quais são os seus objetivos, certo? No entanto, pode estar se perguntando como proporcionar tudo isso aos funcionários que estão em home office.
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, permitir que os profissionais atuem de suas casas se tornou uma prática comum (e bastante indicada) entre as empresas dos mais variados segmentos e portes.
O fato é que muitos negócios perceberam os benefícios que esse modo de trabalhar traz e, por conta disso, mesmo após a retomada econômica e a flexibilização das medidas restritivas, adotaram essa forma de atuação de maneira definitiva.
A ginástica laboral no home office, independentemente de qual tipo seja, segue as mesmas orientações e benefícios das praticadas no local de trabalho. A diferença, no entanto, é como levar isso até os funcionários da sua empresa.
Uma das possibilidades é oferecer sessões virtuais de ginástica laboral, utilizando as mesmas ferramentas de conexão que são usadas para realização de reuniões online.
A ideia aqui é designar um profissional habilitado para esse fim que, durante as chamadas de vídeo, oriente os trabalhadores que estão em home office a como realizarem os exercícios voltados para a ginástica compensatória.
Entretanto, pode ser que a sua companhia tenha preferido o formato híbrido de trabalho, ou seja, mesclar dias de atuação remota e dias de atuação presencial.
Se esse for o caso, é possível aproveitar os dias que os profissionais estão na empresa para promover a prática da ginástica laboral e orientá-los pontualmente a como realizar os exercícios quando estiverem em suas casas.
Quais são os benefícios da ginástica compensatória?
Assim como dissemos na abertura deste artigo, a ginástica compensatória traz uma série de vantagens, tanto para empregados quanto para empregadores.
Para que você entenda melhor essa percepção, trouxemos os benefícios que mais se destacam, separando os resultados positivos que podem ser alcançados pelas empresas e pelos profissionais dentro e fora do ambiente de trabalho.
Benefícios para a empresa
- diminuição no número de afastamentos médicos, de faltas por problemas de saúde, e até de acidentes de trabalho;
- diminuição dos custos relacionados a essas ausências, a exemplo do pagamento de hora extra para quem fica;
- redução da sobrecarga dos profissionais responsáveis por cobrir a falta de colegas de trabalho que estão afastados para tratamento de saúde, o que pode levar a descontentamento e desentendimentos;
- redução do absenteísmo e do presenteísmo;
- aumento da produtividade;
- melhora da interação entre os profissionais;
- melhora da qualidade dos serviços entregues;
- melhora do relacionamento com clientes e parceiros de negócio;
- redução de atritos internos decorrentes de situações de estresse;
- aprimoramento do clima organizacional;
- promoção de mais qualidade de vida para os trabalhadores, aumentando o engajamento e o comprometimento, o que leva a melhores resultados para o negócio de maneira geral.
Benefícios para os trabalhadores
- prevenção a diversas doenças relacionadas às atividades laborais exercidas;
- diminuição do acometimento de dores musculares;
- redução do sedentarismo;
- aumento da sensação de bem-estar;
- promoção de mais qualidade de vida dentro e fora da empresa;
- correção postural constante;
- fortalecimento da estrutura muscular;
- aumento da consciência corporal;
- diminuição da sensação de cansaço e fadiga;
- é um meio de reduzir o estresse e a ansiedade, cuidando também da saúde mental;
- eleva os níveis de energia;
- contribui para aprimorar o relacionamento com colegas de trabalho e chefia.
Como contratar uma empresa parceira para a prestação desse serviço?
Um ponto que citamos várias vezes no decorrer deste artigo é a importância de contar com profissionais especializados para levar a ginástica compensatória para a sua empresa, se lembra?
Esse cuidado é essencial para garantir que todos os exercícios sejam feitos da maneira certa e, assim, evitar lesões e realmente conseguir atingir os resultados esperados.
Além disso, somente um especialista na área saberá indicar quais as práticas corretas para cada função, de modo que elas sejam compatíveis com a necessidade corporal e mental de cada trabalhador.
No entanto, tende a não ser viável para as empresas manter um profissional como esse fixo em seu quadro de funcionários. Aqui, estamos nos referindo a questões como custos trabalhistas, entre outros relacionados à contratação de um funcionário.
Porém, isso não quer dizer que você deva descartar a ideia de ofertar a ginástica compensatória — ou mesmo os outros tipos, tais como a ginástica laboral preparatória e a ginástica laboral corretiva — para os seus colaboradores.
Uma boa maneira de fazer isso é terceirizando esse serviço, por meio da contratação de uma empresa de ginástica laboral.
Além de reduzir custos, você terá a certeza que especialistas estarão orientando os seus colaboradores quanto à prática correta dos exercícios.
Mas para garantir o sucesso dessa parceria, é bem importante que você considere alguns pontos antes de fechar a contratação. Entre os mais relevantes estão:
- pesquisar a fundo empresa que pretende contratar, observando, por exemplo, opiniões de outros clientes, reclamações e tratativas;
- verificar o registro de pessoa jurídica junto ao Conselho Regional de Educação Física;
- solicitar a mesma informação sobre os profissionais que prestarão o serviço;
- registrar em contrato quais serviços serão prestados, frequência, maneira (online ou presencial), tempo de duração da parceria, além de valores e formas de pagamento.
Esses pontos ajudam a proteger você e seus funcionários de variados problemas decorrentes da prestação desse tipo de serviço.
O que achou das informações que trouxemos neste artigo? Elas ajudarão você? Então, para obter outras orientações tão importantes quanto essas, assine agora mesmo o nosso blog e não perca nenhuma das nossas publicações!