Ginástica laboral preparatória: o que é e qual sua importância?
Entre as diferentes boas práticas que uma empresa pode adotar para promover a saúde física e mental dos seus funcionários está a ginástica laboral preparatória.
A ginástica laboral preparatória são exercícios físicos que devem ser praticados antes de os funcionários iniciarem a sua jornada de trabalho.
A ideia por trás desse tipo de ginástica é dar ao profissional a energia necessária para que se sinta mais bem preparado para a jornada que está começando.
Por essa característica, ela ajuda a afastar o sono, a aquecer os músculos para que o corpo do trabalhador esteja pronto para a realização das suas funções, o que também contribui para evitar diversas doenças laborais.
Assim como os demais tipos de ginástica laboral, essa é importante para amenizar a pressão física sentida pelos funcionários, assim como a tensão mental.
Vale destacar que essa ginástica vai ao encontro do determinado na NR 17, que é a norma reguladora que trata especificamente das questões ergonômicas que precisam ser atendidas pelas companhias.
Mas além de cuidar do bem-estar dos trabalhadores, há diversos outros benefícios da ginástica laboral, tais como o fortalecimento das estruturas musculares, a redução da sensação de fadiga, a diminuição do número de acidentes de trabalho, e muito mais.
Quanto a esses pontos, é bem importante lembrar que funcionários saudáveis física e mentalmente tendem a ser mais produtivos. E, ao notarem que a empresa está zelando por sua saúde, costumam se tornar mais engajados.
A junção dessas condições pode contribuir bastante para melhorar os resultados do negócio, afetando também (e de forma positiva) o relacionamento com os clientes e, consequentemente, o faturamento.
Por todas essas razões, confira, agora, o que é ginástica laboral preparatória, como funciona, por que é importante, seus benefícios e como introduzi-la no dia a dia dos seus colaboradores.
O que é ginástica laboral preparatória?
Assim como dissemos logo no início deste artigo, a ginástica laboral preparatória é composta por exercícios físicos a serem realizados no início do dia de trabalho dos profissionais.
O objetivo com essa prática é colaborar para que os trabalhadores se sintam mais dispostos a começarem a sua jornada e cumprirem com as suas tarefas. Por conta disso, os exercícios sugeridos para esse tipo de ginástica laboral visam promover o aquecimento muscular, o que contribui para elevar a flexibilidade e a resistência dos funcionários.
Em linhas gerais, a ginástica laboral preparatória contribui para:
- aumentar a circulação sanguínea;
- gerar mais disposição e concentração;
- deixar a mente mais desperta;
- alongar os músculos.
Como funciona a ginástica laboral preparatória?
A prática de ginástica laboral preparatória deve durar entre 10 e 12 minutos, aproximadamente, e ser feita logo no início da jornada do trabalhador.
Durante esse período, um especialista da área (a exemplo de um profissional de Educação Física) deve orientar os funcionários a como fazerem os exercícios, verificando se estão realizando da maneira correta, a fim de evitar lesões.
Aqui, é bem importante destacar que esse tipo de ginástica não é indicado apenas para quem trabalha de forma presencial. Com o avanço do trabalho prestado de casa, a ginástica laboral no home office também se tornou uma prática fundamental.
A proposta com essa adesão é a mesma: buscar a promoção da saúde física e mental dos trabalhadores, ainda que não estejam atuando presencialmente na empresa.
Uma maneira de tornar essa prática uma realidade para quem está trabalhando remotamente é utilizando recursos tecnológicos. Assim como também é usada chamada de vídeo para fazer reuniões, a mesma ferramenta pode ser utilizada para a prática da ginástica laboral preparatória.
O ideal seria que a prática fosse feita diariamente, porém, essa frequência pode ser definida entre os gestores, o setor de Recursos Humanos e o departamento de medicina do trabalho.
Profissionais que atuam home office, de modo geral, têm atividades administrativas. Por conta disso, passam muitas horas digitando, sentados.
Nesse contexto, os exercícios a serem realizados podem ter como foco:
- alongar os membros superiores;
- alongar os membros inferiores;
- liberar a tensão de ombros e pescoço;
- promover o relaxamento por meio de exercícios de respiração.
Por que esse tipo de ginástica é importante para empresas e empregadores?
Assim como o uso dos EPIs de segurança, a ginástica laboral, independentemente de qual tipo seja, tem por objetivo gerar mais qualidade de vida para os trabalhadores, benefício que pode ser sentido tanto dentro quanto fora da empresa.
Ainda que a prática da ginástica laboral não seja obrigatória por lei, ela vai ao encontro do que determina a NR 17, assim como já mencionamos neste artigo.
Com isso, é possível entender que essa atividade ajuda a prevenir uma série de doenças ocupacionais, tais como o DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) e a LER (Lesões por Esforços Repetitivos).
Esse retorno, por sua vez, traz resultados positivos para empregados e empregadores. O motivo é que, quanto mais saudáveis física e mentalmente os profissionais estiverem, menor será o número de afastamentos médicos para realização de tratamentos de saúde.
Paralelo a isso, essa prática contribui para reduzir os gastos provenientes dessa ausência, a exemplo de ter que pagar horas extras para outros funcionários suprirem a demanda deixada por quem está afastado.
Na verdade, uma situação leva à outra. Ter que fazer o seu trabalho e do colega que está ausente pode gerar insatisfação, atritos e especialmente sobrecarga. Essa última condição também pode fazer com que o funcionário que está presente desenvolva problemas de saúde, como estresse, ansiedade, além dos voltados para o físico, como dores musculares e cansaço.
Ou seja, é bem provável que isso leve ao afastamento de mais profissionais. Por isso, a ginástica laboral preparatória, e as outras, deve ser vista como uma prática preventiva que, além de atender as normas de segurança estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores, também contribui para a redução de gastos e para o alcance de resultados melhores para o negócio.
Qual a relação com a prevenção aos acidentes de trabalho?
Somado a tudo isso que mencionamos, também é fundamental destacarmos que a prática da ginástica laboral pode contribuir para diminuir o número de acidentes de trabalho.
A razão para isso é que esses exercícios ajudam a preparar o corpo do profissional para a realização das atividades, reduzindo momentos de fadiga e/ou de dores que podem resultar em falhas operacionais.
Quando isso acontece, além de gerar os mesmos transtornos provocados por afastamentos médicos para tratamentos de saúde que citamos, pode haver um comprometimento ainda mais extenso da saúde e da qualidade de vida do profissional.
É fundamental ter em mente que acidentes de trabalho, a depender da gravidade, podem afetar a vida do trabalhador dentro e fora do ambiente de trabalho.
Fora da empresa, situações como essa tendem a atingir, seriamente, a rotina do profissional em casa e a sua dinâmica com os familiares. Dentro, a depender das sequelas, pode ser necessário remanejar a função exercida, o que pode gerar descontentamento, insatisfação e frustração.
Também vale lembrar que os acidentes de trabalho também podem gerar custos significativos para a empresa, a exemplo do pagamento de indenizações por danos morais, materiais, físicos e estéticos.
Em situação que, infelizmente, o profissional vem a óbito, a companhia também pode ser condenada a pagar indenização para a família.
Quais são os benefícios da ginástica laboral preparatória?
Baseado em tudo o que acabamos de mencionar, é possível dizer que a ginástica laboral preparatória, assim como os demais tipos que descreveremos mais adiante, trazem benefícios como:
- prevenção do desenvolvimento de doenças do trabalho, por exemplo, DORT e LER;
- diminuição do número de faltas, afastamentos médicos e acidentes de trabalho;
- melhora da qualidade de vida do profissional dentro e fora do ambiente de trabalho.
- diminuição das queixas de dores musculares;
- redução do sedentarismo;
- redução do absenteísmo e do presenteísmo;
- correção da postura dos trabalhadores;
- fortalecimento das suas estruturas musculares;
- auxílio no desenvolvimento da consciência corporal;
- redução da sensação de cansaço e de fadiga;
- melhora da função cardiorrespiratória;
- melhora do condicionamento físico e da postura;
- melhora da saúde mental e física;
- aumento dos níveis de energia;
- aumento da produtividade;
- melhora da qualidade dos serviços prestados.
- melhora do clima organizacional;
- auxílio no desenvolvimento da consciência corporal;
- redução dos níveis de estresse.
- prevenção de doenças como ansiedade e depressão.
Quais são os outros tipos de ginástica laboral que existem?
Por várias vezes, ao longo deste artigo, dissemos que existem outros tipos de ginástica laboral além da ginástica laboral preparatória, certo?
Para que você conheça também as demais, e um pouco das suas vantagens, relacionaremos cada uma delas agora, que são:
- ginástica laboral corretiva;
- ginástica laboral compensatória;
- ginástica laboral de relaxamento.
Ginástica laboral corretiva
O objetivo da ginástica corretiva é reparar e/ou corrigir a postura do profissional durante o seu dia de trabalho, e os efeitos das tarefas realizadas. Por conta disso, os exercícios a serem feitos devem ser compatíveis com as atividades praticadas diariamente pelo colaborador.
De modo geral, a ginástica laboral corretiva tende a contribuir para reduzir, e até mesmo evitar, dores nas costas, nos membros superiores, membros inferiores, problemas de circulação, entre outros sentidos por quem passa muitas horas em pé ou sentado.
Ginástica laboral compensatória
A ginástica compensatória tem como indicação ser realizada durante o expediente de trabalho.
A ideia é minimizar os sinais de fadiga e cansaço comuns de surgirem ao longo do dia, chamar a atenção do profissional para a sua postura, e relaxar um pouco a mente, já que é preciso fazer uma pausa na jornada para realizá-la.
Esse tipo de ginástica laboral ajuda a aliviar a tensão muscular, reduzir o estresse e a melhorar a postura, diminuindo dores musculares.
Ginástica laboral de relaxamento
Por fim, a ginástica laboral de relaxamento tem como objetivo promover o que o seu nome sugere, que é a sensação de relaxamento nos trabalhadores.
Por conta disso, ela deve ser realizada ao final do expediente, de modo que ajude os profissionais a se “desligarem” do dia de trabalho e irem para as suas casas mais tranquilos e desacelerados.
Entre 10 a 20 minutos, a ideia é direcionar exercícios com os de respiração, meditação, massagens e outros que gerem relaxamento.
Como incluir a ginástica laboral preparatória na sua empresa?
Para incluir a ginástica laboral preparatória na sua empresa é preciso que os setores envolvidos — tais como Recursos Humanos, Medicina do Trabalho, bem como os gestores — alinhem o objetivo dessa prática à realidade do negócio.
Esse cuidado é importante para evitar que a prática seja realizada apenas por um período e, depois, deixada de lado. No que diz respeito à ginástica laboral, o interessante é que essa atividade se torne parte da cultura do negócio, o que contribui para a aumentar sua adesão e para a obtenção de resultados mais significativos.
Feito isso, a empresa deve:
- definir quais tipos de ginástica serão realizados e o seu tempo de duração;
- explicar os benefícios para os funcionários, a fim de contribuir para a aceitação e participação;
- monitorar os resultados, para verificar quais pontos da estratégia estão dando certo e quais precisam ser ajustados.
Como contratar um parceiro para esse tipo de ginástica?
E lembra que falamos que é importante que a ginástica laboral preparatória, bem como as demais, seja realizada por um profissional da área? Pois bem, para conseguir isso, uma das maneiras é contratar uma empresa de ginástica laboral.
Esse é um suporte que vai ajudar a definir quais são as melhores práticas e exercícios para os seus funcionários, considerando o perfil do negócio, funções desempenhadas, faixa etária de cada cargo, e outros pontos relacionados.
Para escolher a empresa mais adequada para ser a sua parceira nessa jornada, é preciso ponderar sobre alguns critérios, por exemplo:
- tempo de atuação nesse mercado;
- comentários e reclamações feitos por outros contratantes;
- cláusulas definidas no contrato, tais como quais serviços serão prestados, por quanto tempo, valores, formas de pagamento, entre outros;
- se o profissional que prestará o serviço tem registro válido no Conselho Regional de Educação Física;
- se a empresa tem registro de pessoa jurídica no mesmo órgão.
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