7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem

7 erros de medicina do trabalho que as empresas mais cometem

O cuidado com a saúde do colaborador é um investimento no principal ativo de uma empresa, cujo resultado é a alta qualidade e performance da equipe. No entanto, muitas organizações ainda cometem erros na medicina do trabalho, seja por falta de conhecimento ou por negligência.

Quer saber quais erros são esses? Então confira a seleção que preparamos para se manter em alerta e garantir o cuidado e bem-estar de seus colaboradores. Acompanhe!

1. Não se adequar à legislação vigente

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece uma série de exigências em relação aos cuidados com a saúde e integridade dos colaboradores.

Algumas dessas exigências são obrigatórias para todas as empresas, como os exames periódicos, emissão de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) e normas gerais referentes à segurança do trabalho.

Além desses requisitos básicos, é necessário ficar atento ao cumprimento de regras específicas para cada setor — são as Normas Regulamentadoras Brasileiras, também conhecidas como NRs.

É fundamental que a empresa conheça e aplique as regras e NRs correspondentes ao seu setor da atividade. A adequação a elas garante a integridade dos colaboradores, além de prevenir sanções legais.

2. Não acompanhar a saúde do trabalhador

O acompanhamento periódico permite que a empresa monitore as condições de saúde do trabalhador. Dessa forma, é possível detectar qualquer problema ainda em estágio precoce, aumentando a eficácia do tratamento e evitando o estado de incapacidade.

Além disso, o acompanhamento é essencial para sinalizar quando um colaborador não pode continuar em uma determinada função devido às suas condições de saúde. Assim, a empresa pode alocá-lo em outro setor ou encaminhá-lo aos órgãos públicos para perícia e afastamento, quando for o caso.

Esse tipo de ação evita demandas judiciais que podem render condenações, e a obrigatoriedade do pagamento de indenizações. Caso o trabalhador permaneça em um posto e tenha sua condição agravada, ele pode requerer na justiça um ressarcimento pelos danos causados.

Por isso, a empresa deve não só realizar os exames periódicos e registrar as consultas médicas, como também manter os laudos técnicos, como o PCMSO e o PPP sempre em sua documentação para se proteger em situações de acusação.

3. Perder o prazo para os exames periódicos

Os exames periódicos estão entre as exigências do MTE para todos os colaboradores. Como já explicamos aqui no blog, o tempo máximo para a realização desse procedimento é variável de acordo com a atividade exercida, idade e condição de saúde do trabalhador.

Por isso, é muto importante que a empresa mantenha um controle rígido desses prazos. As ações precisam ser programadas e agendadas com antecedência para evitar multas no caso de fiscalização.

4. Não compreender seus benefícios para a empresa

Uma empresa não alcança excelência quando seus trabalhadores estão doentes. Portanto, o cuidado com a saúde do colaborador significa também um aumento da qualidade e produtividade da equipe.

Ações que promovem a saúde e bem-estar têm reflexo direto no resultado do negócio. Elas reduzem o absenteísmo, a quantidade de afastamentos, os acidentes no local de trabalho, melhorando o faturamento e lucratividade da empresa.

O cuidado com a saúde do trabalhador também traz benefícios do ponto de vista jurídico. Ações trabalhistas causam grandes danos às empresas. Elas implicam em multas altas e impactos negativos à imagem da organização, gerando grandes prejuízos.

Além desses aspectos, um funcionário bem cuidado é também um colaborador satisfeito. Ele se sente valorizado por uma organização que se preocupa com seu bem-estar, o que tem uma repercussão em sua produtividade e performance.

5. Não fiscalizar e exigir o uso de EPIs

Dependendo da atividade exercida, a empresa tem a obrigação de prover Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos seus colaboradores. No entanto, seu dever não fica restrito ao fornecimento.

Segundo a legislação, o papel da empresa é também orientar o trabalhador quanto ao uso adequado, conscientizá-lo da importância do equipamento e fiscalizar a utilização, garantindo que todos estejam protegidos.

Desse modo, se um colaborador sofre um acidente e tem sérias consequências por não ter usado o equipamento, a empresa também é responsabilizada. Nesse caso, não basta comprovar que forneceu o EPI indicado se houve negligência na fiscalização.

6. Não promover a saúde

A gestão da medicina do trabalho não pode ser focada apenas na doença. Ela precisa investir em iniciativas que ensinem e incentivem os funcionários a adotarem um estilo de vida saudável.

Esses cuidados podem começar no refeitório, com um cardápio balanceado, e se estender a programas de ginástica laboral e de incentivo à prática de atividade física. Também é importante instruir o colaborador para que ele se sinta motivado a eliminar hábitos nocivos e adotar práticas salutares no dia a dia.

7. Não documentar as ações da empresa

A documentação é importante por várias razões. A primeira é que ela evita que a empresa seja penalizada por não ter como comprovar que realizou os procedimentos determinados pela legislação.

Dessa forma, manter uma documentação precisa sobre a atuação do departamento de saúde e segurança no trabalho, bem como as ações rotineiras ou pontuais da empresa é fundamental para evitar sanções impostas por órgãos reguladores.

Além disso, a documentação forma um histórico individual do colaborador e da organização. Assim, ele pode proteger a empresa no caso de uma ação trabalhista motivada por alegações infundadas, por exemplo.

O histórico da organização também é muito importante. Ele ajuda a identificar riscos aos quais os colaboradores são expostos com frequência, e também os seus impactos na saúde do grupo.

Indicadores como principais causas de afastamento, percentual de incidência e tipos de acidentes de trabalho são muito úteis. Eles baseiam a implementação de medidas e políticas com o objetivo de reduzir esses números a médio e longo prazo.

Os relatórios também são importantes para avaliar a efetividade das medidas. Eles permitem descobrir quais delas tiveram maior impacto na saúde dos colaboradores, fazendo com que a empresa direcione seu orçamento a ações mais eficazes.

​Com isso, a empresa deixa de atuar na correção dos problemas e passa a ter uma ação mais incisiva de prevenção. Medidas muito simples podem ser extremamente efetivas para solucionar inconformidades, proteger os colaboradores e aumentar a produtividade.

Entendeu quais são os erros na medicina do trabalho que as empresas mais cometem? Percebeu como é importante conhecer as normas para se adequar a elas?

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