Medicina do trabalho e qualidade de vida: entenda essa relação
A medicina do trabalho está presente no Brasil desde a implantação das leis trabalhistas, em meados do século passado. O profissional dessa área atua nos ambientes laborais, buscando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e evitando, assim, que eles tenham problemas de saúde no futuro.
Além disso, ela também tem papel crucial para garantir aos empregadores respaldo legal para a execução das suas atividades. Essa especialidade médica tem se tornado imprescindível na realidade empresarial atual.
Isso acontece pois, entre os colaboradores, cresce progressivamente o número de queixas de transtornos mentais e lesões ergonômicas causados pela pressão por resultados e pelo esforço repetitivo na jornada de trabalho.
Dessa forma, várias instituições têm se especializado em fornecer segurança e apoio médico a outras empresas com o intuito de facilitar e regulamentar suas atividades. Quer saber mais sobre essa relação entre medicina do trabalho e qualidade de vida?
Confira este post! Boa leitura!
Como garantir a saúde e a qualidade de vida dos funcionários?
Em um mundo cada vez mais competitivo, no qual a carga de trabalho e a cobrança são cada vez maiores, a qualidade de vida do colaborador passou a ser uma meta para muitas empresas.
Os departamentos de RH perceberam que proporcionar bem-estar aos funcionários em um ambiente laboral agradável faz com que todos trabalhem melhor e, assim, desenvolvam suas habilidades pessoais de forma segura e saudável.
Quer saber como conseguir isso? Separamos algumas dicas. Acompanhe!
Assegure-se de que os funcionários estão aptos para o trabalho
Para garantir maior qualificação e controle da saúde de seus funcionários, é essencial que as empresas adotem a prática de executar exames ocupacionais. Eles, inclusive, são obrigatórios de acordo com o artigo 168 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Uma boa maneira de assegurar que os trabalhadores contratados estejam preparados para executar suas funções é realizando exames admissionais, responsáveis por garantir a contratação de funcionários saudáveis.
Assim será possível reduzir, em longo prazo, problemas de afastamentos e incapacitação no trabalho. Para ter um melhor controle da aptidão dos funcionários, visando mantê-los saudáveis e atentos a doenças em estágios iniciais, exames periódicos podem ser incluídos na rotina das empresas.
Em casos de acidentes de trabalho ou doenças incapacitantes, cabe aos médicos garantir o melhor atendimento possível, prestando auxílio até que ocorra a completa recuperação do trabalhador.
Caso seja necessário, os médicos também devem emitir laudos solicitando a mudança de função ou o afastamento de determinado colaborador do ambiente de trabalho.
Previna doenças ocupacionais
O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) registrou 196.754 benefícios, em 2017, a trabalhadores que precisaram ser afastados, por mais de 15 dias, de suas atividades profissionais devido a alguma enfermidade relacionada ao próprio trabalho — essas são as chamadas doenças ocupacionais.
Esse problema afeta, de maneira grave, o trabalhador, a empresa e o governo. No entanto, na maior parte dos casos, pode ser evitado com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), equipamentos ergonômicos e outras medidas simples.
Também é importante que haja uma adequação das exigências dos empregadores aos limites físicos dos empregados, evitando que eles sofram com jornadas de trabalho extenuantes, realização de atividades repetitivas e sobrecarga física e mental.
Previna acidentes de trabalho
O Brasil registra 700 mil acidentes de trabalho por ano. Para que você tenha uma ideia, 450 mil pessoas sofreram fraturas enquanto trabalhavam apenas nos últimos 5 anos.
Os acidentes de trabalho podem ser evitados. O mais importante é seguir a legislação, principalmente no que diz respeito aos equipamentos de proteção individual.
No entanto, já se sabe que o hábito de realizar várias tarefas ao mesmo tempo tem contribuído para esse índice alarmante de acidentes. O trabalhador, muitas vezes, é tão exigido que isso prejudica o seu desempenho.
Assim, o ideal é que o funcionário priorize uma única tarefa por vez, mantendo a concentração e o foco. Com menos pressão, o processo de produção se torna mais tranquilo, prazeroso e, geralmente, mais rápido.
Além de evitar a realização de várias atividades relacionadas ao trabalho ao mesmo tempo, é importante que o colaborador também evite as distrações — como o uso do aparelho celular.
Implante o bem-estar corporativo
Muitas pessoas passam mais tempo na empresa e com os colegas de trabalho do que em casa. Por isso mesmo, o grande desafio das corporações é garantir o bem-estar desses trabalhadores que, geralmente, passam horas a fio sentados em frente a um computador pressionados por metas.
Algumas práticas têm se mostrado muito eficientes. Veja:
Ginástica laboral
A prática de exercícios físicos — que, no ambiente de trabalho, pode durar entre 10 e 15 minutos — reduz o sedentarismo, leva a uma reeducação postural, aumenta o ânimo e alivia o estresse.
Enfim, a ginástica laboral traz a essência do bem-estar corporativo: previne as doenças ocupacionais, inclusive as psicossociais, deixando o funcionário apto a realizar suas tarefas de maneira muito mais saudável e, portanto, eficaz.
Incentivo à atividade física
A obesidade já é uma questão de saúde pública e, sem dúvida, tem reflexos na vida profissional. O sobrepeso está associado a doenças como diabetes e hipertensão — grandes causadoras do absenteísmo no trabalho.
Para combater esse problema e o próprio sedentarismo, empresas têm adotado medidas que estimulam a prática de atividade física. Algumas organizações montaram academias nos locais de trabalho e outras firmaram convênios ou fornecem um subsídio para que os funcionários participem de provas de corrida, por exemplo.
Nesse caso, o recomendável é que esse incentivo à atividade física venha acompanhado de uma orientação nutricional.
Quais são os benefícios da medicina do trabalho?
Além de garantir a saúde do trabalhador, a medicina do trabalho fornece, inclusive, um respaldo legal a empregados e empregadores. Os gestores têm percebido sua relevância para a melhoria de aspectos que vão além e envolvem o rendimento e a motivação desses colaboradores.
Confira mais alguns benefícios da medicina do trabalho e programas de qualidade de vida na empresa:
Contribui para a redução de custos
Ao implementar ações ligadas à medicina do trabalho, a empresa previne doenças e, consequentemente, possíveis afastamentos temporários e/ou definitivos — o que tem um impacto significativo nos resultados da organização.
Isso significa buscar soluções ergonômicas para evitar lesões, adaptar o espaço para prevenir acidentes, realizar atendimento psicológico para diminuir os efeitos da pressão, entre outras situações.
Além disso, a medicina do trabalho está diretamente ligada a leis e normas governamentais e se apoia em um programa de segurança conhecido como PCMSO — Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
Assim, quando a empresa cumpre suas obrigações legais, ela também evita uma série de possíveis ações judiciais que funcionários poderiam abrir contra a companhia. O resultado é uma grande economia de dinheiro com pagamentos de indenizações e honorários de advogados.
Aumenta a produtividade
Em um ambiente laboral mais agradável, colaboradores passam a se sentir mais seguros e livres do risco de doenças. Assim, a saúde mental melhora — o que reflete, sem dúvida, na saúde física e social.
O resultado não poderia ser melhor: funcionários que sentem prazer em trabalhar e, por isso, esforçam-se mais. Dessa maneira, a produtividade na empresa aumenta e com uma qualidade muito melhor: as metas passam a ser atingidas com muito mais facilidade!
Melhora a imagem da empresa
Empresas que estão em dia com a lei e que se preocupam com o bem-estar de seus colaboradores atraem profissionais qualificados, interessados em ingressar no quadro de trabalhadores dessa organização e desfrutar também desse ambiente laboral agradável e saudável.
Até mesmo possíveis sócios e investidores são atraídos pela possibilidade de valorização do negócio mediante a redução de riscos e, consequentemente, dos prejuízos envolvidos.
No mercado, o empreendimento que tem esse tipo de atenção ganha mais credibilidade. É provável que o consumidor prefira um negócio mais cuidadoso com seus colaboradores na hora de escolher entre dois concorrentes. Assim, a medicina do trabalho pode ser um diferencial competitivo.
Reduz o turnover
O turnover é a rotatividade de pessoal. Departamentos de RH consideram o turnover na avaliação da taxa média entre admissões e demissões. O aumento desse número geralmente representa uma ameaça aos resultados da empresa, gerando situações de insegurança.
Entre os principais custos do aumento do turnover estão:
- gastos com demissões e substituições de funcionários;
- aspectos intangíveis que causam queda da motivação e da produtividade;
- no médio e longo prazos, redução da qualidade dos produtos e reflexos na imagem da empresa.
Empresas que se preocupam com o bem-estar dos funcionários, sem dúvida, têm menor índice de rotatividade, já que um ambiente laboral ruim é um dos principais motivos para os pedidos de demissão.
Retém talentos
Ao diminuir o turnover, a consequência direta é a retenção de talentos — esse é um dos maiores desafios das empresas que querem crescer ou manter a qualidade da produção ou dos serviços oferecidos.
Medidas que visam a saúde e a valorização dos funcionários são de extrema importância para garantir que os processos sejam realizados por pessoas experientes e alinhadas com os objetivos organizacionais. Além disso, a empresa deixa de perder colaboradores talentosos para a concorrência.
Como vimos, fica claro que a medicina do trabalho é fundamental para a melhoria e a manutenção da qualidade de vida em uma empresa. Por meio de prevenção, promoção e fiscalização da saúde, é possível reduzir afastamentos e garantir que os colaboradores trabalhem com segurança e conforto.
Da mesma forma, a medicina do trabalho também contribui para que eles sejam mais saudáveis, produtivos e sempre tratados de maneira humanizada, independentemente de sua função laboral.
Assim, é bastante válido para empregadores contar com instituições que garantam esses benefícios, visto que elas regulamentam os serviços e melhoram a produtividade dos trabalhadores.
A valorização dos colaboradores não pode ser só um conceito. Ela deve ser demonstrada na prática. Por isso, contar com uma orientação especializada é essencial: só ela poderá fazer a correta relação entre medicina do trabalho e qualidade de vida dos funcionários. Lembre-se: o seu principal ativo é o capital humano!
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