Medicina do trabalho: descubra se você está cumprindo todas as regras
A medicina do trabalho é uma área especializada em que o objetivo principal é a garantia da integridade física e psicológica dos empregados. Para isso, as ações são direcionadas a três focos principais: a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais e a manutenção da qualidade de vida do trabalhador.
Para obter sucesso, são implementadas uma série de regras e parâmetros para a execução de tarefas cotidianas nas empresas. Isso garante, além da saúde dos colaboradores, a conformidade perante as leis trabalhistas.
Neste post você vai entender melhor as obrigações da medicina do trabalho. Entenda a importância para o ambiente corporativo e como os funcionários são beneficiados.
A importância da medicina do trabalho no ambiente corporativo
Diferentes funções expõem o trabalhador a esforços, ainda que sejam mínimos. Algumas situações também podem apresentar algum risco à integridade física, dependendo do cargo que esse colaborador exerce. Nos escritórios, na indústria e em qualquer segmento é fundamental dar atenção à saúde do trabalhador.
A medicina do trabalho tem essa proposta: evitar acidentes, lesões e doenças, além de proporcionar o bem-estar no cotidiano do exercício da profissão. Para isso, uma série de métodos, regras e parâmetros são colocados em prática diariamente nas empresas. Um ambiente corporativo seguro é a grande meta.
Naturalmente, se os colaboradores estão livres de riscos, muitos benefícios são obtidos nesse processo. Acidentes e doenças pode gerar afastamentos e diminuição na força de trabalho da companhia. Além disso, em muitos casos também há custos que serão de responsabilidade da empresa.
O cumprimento das leis é o foco da medicina do trabalho. Quando essa adequação não acontece, a empresa está passível de sanções jurídicas, com base nas leis da CLT. Contudo, é importante sempre pensar primeiramente no colaborador. Saudável física e psicologicamente ele pode proporcionar o seu melhor.
Entenda mais a seguir como a medicina do trabalho se faz importante!
Melhores condições significam produtividade
Qualquer trabalhador necessita de condições mínimas para exercer suas funções. Isso também se estende às questões relacionadas à saúde. De nada adianta ter um alto nível de produtividade agora se daqui a 6 meses, por exemplo, ele contrair uma doença ou lesão.
A preocupação deve ser frequente, com foco em manter o colaborador longe de qualquer problema ou ocorrência. A medicina do trabalho implementa parâmetros que trabalham:
- na prevenção de acidentes;
- na proteção do trabalhador em situações de perigo;
- na implementação de práticas que preservem a saúde;
- no cumprimento de parâmetros adequados de execução de atividades;
- na manutenção do bem-estar psicológico no ambiente de trabalho.
Ao cumprir com todos esses pontos, uma companhia tem a certeza de que terá um colaborador longe de acidentes, de doenças ocupacionais e sem insatisfações. Dentro de um contexto tão favorável, é natural que esses trabalhadores passem a render mais, aumentando o nível de produtividade.
Empresa adequada se torna competitiva
Uma empresa competitiva é aquela que está em pleno funcionamento e sem nenhum fator que atrapalhe seus planos estratégicos. É grande a relação do cumprimento de parâmetros de segurança com a conquista de uma boa posição diante do mercado.
Colaboradores são elementos fundamentais para a empresa. Se eles estão em plenas condições de trabalho, os objetivos estratégicos podem ser alcançados. Além disso, um bom ambiente também tem influência direta no nível de satisfação de quem ocupa cargos em uma companhia.
Quando a empresa preza pelo bem-estar, a motivação dos colaboradores está sempre em alta. Isso melhora o clima organizacional e o engajamento com as metas que devem ser cumpridas. Nesse contexto, a companhia se torna cada vez mais atrativa para quem está vendo de fora.
Em mercados cada vez mais competitivos, ter essa imagem é fundamental. Assim é possível captar os melhores talentos e contar com a chegada de pessoas ainda mais motivadas e com boas expectativas.
Cumprimento das leis reduz custos
A medicina do trabalho também traz a redução dos custos e o melhor direcionamento do capital da empresa. Isso acontece já que expor funcionários a riscos de acidentes ou a problemas de saúde pode influenciar na questão financeira.
Toda empresa tem obrigações legais com seus colaboradores. Se um trabalhador contrair alguma doença no exercício de seu cargo, esse problema passa a ser de responsabilidade da companhia. Ela deve prestar todo suporte para que esse funcionário consiga se tratar adequadamente.
As mesmas responsabilidades se estendem em casos de acidentes. Qualquer ocorrência com consequências pode estar associada a custos. Desse modo, se a empresa não trabalha com bons parâmetros e prevenção, qualquer acontecimento pode acarretar despesas inesperadas.
Redução dos afastamentos
O número de afastamentos no Brasil cresceu 25% de 2005 a 2015. Os números são grandes e mostram como a medicina do trabalho é fundamental a qualquer companhia. Deixar de contar com um colaborador traz problemas de ordens variadas, sempre muito prejudiciais às empresas.
A primeira delas são os custos. Quando um colaborador se afasta, o empregador deve continuar arcando com os seus vencimentos. Nesse contexto, a folha salarial se mantém com aqueles valores, mas não há o trabalho sendo executado. A empresa perde em produtividade, mas mantém reduz o custo.
Outro grande problema é ter menos pessoas preparadas para desempenhar funções importantes. Para as companhias, não ter o funcionário na empresa acarreta em diminuição da força de trabalho. Isso prejudica os objetivos e interfere até mesmo no bem-estar de outras pessoas, já que há a sobrecarga dos colaboradores.
Prezar pela medicina do trabalho é proteger a empresa de perder colaboradores e gerar absenteísmo. Bons parâmetros, acompanhamento cotidiano e fiscalização das atividades evita que funcionários estejam longe de seus postos laborais de maneira forçada.
As Normas Regulamentadoras (NRs) após a CLT
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dedica um capítulo sobre segurança e medicina no trabalho composto por 70 artigos, no qual dispõe normas gerais. Já as Normas Regulamentadoras (NRs) definem exigências mais específicas e detalhadas sobre alguns casos, como a utilização de equipamentos de proteção individual.
As NRs e suas propostas
Todas as empresas que têm funcionários sob o regime de CLT são obrigadas a seguir o que está descrito nas NRs. Elas são uma série de 36 ao total, sempre com orientações acerca de práticas no ambiente de trabalho e definição de parâmetros para a execução de alguns de serviços.
A proposta das NRs é conferir segurança e preservação da integridade dos trabalhadores no exercício de suas funções. Por conta disso, essas normas definem métodos exatos de execução de diversas atividades. Eles também definem questões de segurança e como elas devem se relacionar com os trabalhos que são feitos.
Em um exemplo, suponha que sua empresa trabalhe com instalações elétricas. Naturalmente, essa é uma atividade que envolve riscos aos colaboradores, então qualquer trabalho deve seguir orientações de segurança. Nesse caso, as NRs têm essas orientações exatas para preservar os colaboradores.
No exemplo citado, as atividades deveriam se basear na NR 10, que trata de instalações e serviços de eletricidade. Ela define as condições mínimas de segurança na execução de qualquer serviço dessa natureza, preservando os trabalhadores que nele atuarão.
Os programas de controle, prevenção e proteção
As NRs também trazem importantes programas que são executados a longo prazo nas empresas. O primeiro deles, e um dos mais importantes, é o da NR 7, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Ela estabelece a realização de exames médicos nos funcionários em diversos momentos. Tratam-se de:
- exame admissional;
- exame periódico;
- retorno ao trabalho;
- mudança de função;
- demissional.
Há também a NR 9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Na prática contínua, os profissionais designados fazem estudos e avaliações para estabelecer parâmetros de segurança.
A proposta é proteger os colaboradores de riscos de ordem ambiental durante a execução dos trabalhos e também o caminho inverso. Parâmetros são definidos para proteger o meio ambiente de agressões durante os serviços realizados.
A orientação quanto às Ordens de Serviço
Entre o que cabe ao empregador, destaca-se a elaboração e a divulgação das ordens de serviços. Esses documentos devem ser preenchidos e controlados pela equipe de segurança e saúde no trabalho da empresa. Neles há a conferência dos parâmetros exigidos na execução de cada tarefa.
As consequências do não cumprimento das leis
Para as empresas, pode haver sérias consequências em caso de não cumprir com suas obrigações quanto à saúde no trabalho. Com todas as orientações definidas por lei, as ações trabalhistas são a principal defesa que o colaborador encontra quando não recebe apoio em casos de acidentes e doenças.
O Brasil concentra nada menos do que 98% de todos os processos trabalhistas do mundo. Se manter longe disso, naturalmente, passa pelo cumprimento das NRs e do que está definido na CLT. As consequências de negligenciar a lei são variadas, prejudicando a imagem e as finanças das empresas.
Os prejuízos financeiros
Os prejuízos financeiros são as principais consequências do não cumprimento da legislação. De primeira, esse fator negativo acontece por conta das multas. A fiscalização é rigorosa e, em caso de inconformidade, a empresa já está passível de receber notificações que podem acarretar pagamentos de valores.
Outro ponto claro e de grande influência são as ações trabalhistas. Na maioria das vezes, quando a empresa deixou de cumprir com as obrigações, elas resultam em indenizações que podem variar. Se o índice de processos é grande, isso gera um custo recorrente às companhias.
A má avaliação diante dos trabalhadores
Para ter uma empresa com bons resultados é importante também atrair talentos. Entretanto, profissionais qualificados também têm exigências antes de se juntar a um novo empregador. Pode ser desmotivador saber que uma companhia não cumpre com obrigações relacionadas à saúde e bem-estar.
Se uma empresa enfrenta muitas ações trabalhistas, é sinal de que ela não valoriza as leis relacionadas. Isso pode arranhar a imagem dela como empregadora, a tornando uma opção pouco interessante aos profissionais.
A importância de engajar os funcionários com a medicina do trabalho
Os empregados também têm responsabilidades quanto à medicina e segurança no trabalho. É importante tê-los como parceiros no cumprimento de suas atribuições, já que eles podem contribuir para o aumento da eficiência das ações propostas. Entretanto, eles precisam estar engajados com essa demanda
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)
Uma das formas de engajá-los é por meio da SIPAT. Esse programa tem como principal objetivo conscientizar os colaboradores. Para isso, são oferecidas palestras, informativos, cartazes, e-mails e uma série de materiais falando sobre o assunto.
Com uma linguagem objetiva e clara, a empresa reforça a necessidade dos funcionários se manterem atentos aos riscos. A prevenção é estimulada e as orientações adequadas são transmitidas aos colaboradores.
Esse período é um momento em que o assunto é reforçado com maior intensidade, com uma dedicação exclusiva. Entretanto, é imprescindível que a segurança e o bem-estar sejam sempre buscados. O assunto deve estar sempre em pauta, pois só assim os funcionários entendem os riscos e a necessidade da preservação.
As melhores formas de obter o engajamento dos funcionários
O cumprimento das regras é um trabalho de todos. Os colaboradores têm papel muito importante, entretanto, nem sempre eles têm o devido foco e tempo para, além de seguir os parâmetros, se comprometerem a orientar companheiros profissionais e ajudar a difundir boas práticas.
Cabe à empresa agir no engajamento desses funcionários. Com bons programas e campanhas, eles podem se envolver e trabalhar com cada vez mais foco, se mostrando satisfeitos com a companhia. Como resultado, o ambiente de trabalho tem menos riscos e é mais atrativo a todos.
Algumas mudanças podem fazer toda diferença na hora de engajar os funcionários. Boas práticas são capazes de fazer com que a medicina do trabalho seja aplicada com sucesso.
O foco no bem-estar
Um bom clima organizacional, benefícios e a preocupação da empresa além dos resultados. O bem-estar também é fundamental e deve ser buscado por meio de diversas ações.
Funcionários felizes e satisfeitos em seus cargos estão mais distantes de problemas como a depressão. A perspectiva é que a doença seja uma das principais causas de afastamento no futuro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A comunicação adequada
Para engajar, é preciso que os colaboradores entendam a real importância das políticas de prevenção de doenças e acidentes. Por isso, o setor de comunicação tem uma importante missão em reforçar as boas práticas.
O suporte à CIPA é fundamental, já que a comissão precisa alcançar todos, o que pode ser complicado em empresas grandes. As campanhas são mais eficientes com apoio de pessoas capacitadas para desenvolver mensagens e informativos claros e assertivos.
O supervisionamento periódico das ações
É importante que o empregador defina um calendário de acompanhamento das ações que visam cumprir as normas da CLT e das NRs a fim de garantir que tudo ocorra de acordo com o planejado. Essa fiscalização pode ser feita em conjunto com gestores e funcionários e deve ser contínua.
Ferramentas como checklists auxiliam para que todos os critérios sejam analisados e, consequentemente, a manutenção da segurança e da saúde dos funcionários ocorra com qualidade. Contudo, também é indispensável ter profissionais capacitados para fiscalizar e acompanhar as atividades.
A equipe de segurança e saúde do trabalho
Muitas empresas precisam de uma equipe de segurança do trabalho. Ela fiscaliza, orienta e acompanha a realização de serviços diversos, sempre prezando pelos parâmetros adequados. Assim, é possível ter as melhores práticas no cotidiano, evitando acidentes e problemas que prejudiquem os colaboradores.
Além dos métodos, a proteção recebe a atenção dos profissionais de segurança do trabalho. Elas são proporcionadas pelos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que são utilizados pelos trabalhadores durante a execução de diversas atividades.
Outra ferramenta importante são as Ordens de Serviço. Elas são uma espécie de autorização emitida pela equipe de segurança de trabalho. Após uma checagem e avaliação, esses profissionais emitem esse aval para que alguma tarefa seja executada na empresa.
A definição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
A CIPA é uma comissão composta por funcionários e membros que representam a empresa. Após a eleição, a equipe é definida e o principal objetivo e fiscalizar métodos de trabalho visando a prevenção de acidentes.
A NR 5 aborda todas as obrigações da CIPA, mostrando como ela funciona e qual é a sua proposta. Quem assume essa responsabilidade deve sempre preservar pelas boas práticas, pela saúde e pelo bem-estar dos companheiros de trabalho.
A contratação de uma empresa especializada
A medicina do trabalho deve realizar diversas atividades como exames admissionais, exames médicos periódicos — que avaliam se o trabalhador está apto para continuar exercendo suas funções —, aplicação de testes psicológicos, exames demissionais e atendimento em caso de acidentes.
A contratação de uma equipe especialista em medicina do trabalho garante que todas essas funções sejam cumpridas com excelência e de maneira mais organizada. Sendo assim, a terceirização dessas atividades colabora para o bem-estar dos funcionários.
Esse direcionamento a profissionais capacitados garante que a companhia execute seus processos diante dos parâmetros definidos pelas NRs e pela CLT. Assim, a empresa evita os riscos de afastamento, de acidentes e tem a garantia de colaboradores focados e engajados com as metas estratégicas.
Cumprir com as regras da medicina do trabalho é uma forma de garantir que o ambiente de trabalho seja mais agradável e seguro, o que influencia na capacidade produtiva da empresa.
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