Covid-19: como deve ser a adaptação das indústrias?
Desde que o coronavírus chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, diversas medidas de segurança tiveram que ser adotadas para tentar diminuir o contágio e, com isso, buscar evitar que as pessoas contraíssem a Covid-19.
A Covid-19 é a doença causada pelo novo agente coronavírus, denominado SARS-CoV-2. Trata-se de uma infecção respiratória aguda transmitida, principalmente, por gotículas de tosse, espirro ou fala de quem está infectado por esse vírus.
Economicamente falando, todos os setores foram atingidos por essa pandemia, uns com maior impacto, outros com menor. Mas, infelizmente, é difícil encontrar algum que passou ileso pelo período mais intenso da doença.
A indústria, por exemplo, precisou se adequar não apenas no que se refere a práticas mais intensas de higienização, mas também para evitar o desabastecimento de vários produtos no país, especialmente as que são relacionadas à fabricação de alimentos e a itens voltados para a saúde.
Mesmo que a retomada econômica já esteja acontecendo e que os setores estão, aos poucos, voltando ao nível de produção que tinham antes da pandemia, é preciso considerar que o risco de contágio ainda não passou.
Dessa forma, o que a indústria pode fazer para se adaptar a esse “novo normal”? Confira a resposta para essa questão agora, neste artigo!
O que é a Covid-19?
A Covid-19 é uma doença respiratória (infecção aguda) causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que faz parte do subgênero Sarbecovírus, pertencente à família Coronaviridae.
O primeiro caso de Covid-19 foi identificado na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, em dezembro de 2019. Desde então, em todo o mundo, já foram registrados mais de 174 milhões de casos e mais de 3,75 milhões de mortes.
Somente no Brasil são mais de 17 milhões de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, e mais de 477 mil pacientes que vieram a óbito em decorrência da Covid-19.
A boa notícia em meio a todos esses números é que, de acordo com o World Health Organization, Organização Mundial da Saúde, até a primeira semana de junho de 2021 já haviam sido aplicadas 2.092.863.229 doses de vacinas contra o coronavírus.
Forma de transmissão do coronavírus
O coronavírus é transmitido, principalmente, pelo ar. Essa transmissão acontece quando uma pessoa que está contaminada — ainda que sem apresentar qualquer sintoma da Covid-19 —, tosse, espirra ou fala, liberando, assim, gotículas no ambiente.
Dessa forma, quem está próximo pode se contaminar ao inalar o ar que está com a presença do vírus.
O mesmo pode acontecer se, quem estiver contaminado, tossir ou espirrar nas mãos e tocar algum objeto ou superfície. Quem tocar em seguida e levar as mãos aos olhos, nariz e boca tem grande risco de contágio.
Vale destacar que um estudo do Annals of Internal Medicine, divulgado pelo Estadão, constatou que 45% das pessoas contaminadas pelo coronavírus são assintomáticas, ou seja, não desenvolvem a Covid-19.
Justamente por não apresentarem sintomas, continuam convivendo com outras pessoas normalmente, seja em suas casas, seja no ambiente de trabalho, o que ajuda a aumentar ainda mais o número de transmissões.
Por esse motivo, é tão importante mantermos o distanciamento social e seguir as medidas preventivas determinadas pelos órgãos de saúde que são, basicamente, utilizar a máscara, álcool em gel e/ou lavar periodicamente as mãos.
Sintomas da Covid-19
A Covid-19 se manifesta de forma diferente de pessoa para pessoa. A grande maioria, ao desenvolver a doença, apresenta sintomas leves ou moderados, bastante semelhantes aos de uma gripe.
O tempo médio para surgimento dos primeiros sintomas após o contágio é de, aproximadamente, 5 a 6 dias. Em alguns casos pode demorar até 14 dias.
Por isso, quando uma pessoa tem contato direto com alguém que tenha testado positivo para o coronavírus, é indicado que ela permanece isolada por duas semanas.
Com relação aos sintomas, os mais comuns apresentados por quem desenvolve Covid-19 são:
- febre;
- tosse seca;
- cansaço.
Dos sintomas considerados menos comuns, mas que já foram registrados em casos de pessoas com Covid-19 estão:
- dor de garganta;
- dores musculares e/ou desconforto;
- dor de cabeça;
- diarreia;
- conjuntivite;
- perda do paladar e/ou olfato;
- erupções cutâneas.
Já em casos mais graves, que requerem internação e, muitas vezes, entubação, são identificados também:
- dificuldade de respirar;
- falta de ar intensa;
- pressão e/ou dor no peito;
- perda dos movimentos e/ou da fala
Tratamento para a Covid-19
A indicação dos órgãos de saúde é que, se a pessoa estiver com suspeita de Covid-19 e sintomas leves, que permaneça em casa e se isole dos demais membros da família.
Durante 14 dias essa pessoa não deve ir ao trabalho, escola, ou frequentar qualquer outro espaço público.
O ideal é que fique em um quarto sem a companhia de outras pessoas e, se possível, ter um banheiro para uso exclusivo.
Os utensílios utilizados, tais como pratos, copos e talheres, também devem ser separados dos usados por outros familiares. O mesmo vale para peças de uso pessoal, a exemplo de toalhas, lençóis, cobertores etc.
Deve procurar assistência médica imediatamente quem apresenta os sintomas graves da doença, especialmente falta de ar e dificuldade para respirar.
Com relação a um tratamento medicamentoso, infelizmente, ainda não há nenhum remédio comprovadamente eficaz contra o coronavírus.
Desse modo, o tratamento se refere a, basicamente:
- realizar o teste para Covid-19, se possível;
- permanecer em casa durante duas semanas;
- manter distância de, no mínimo, um metro e meio das pessoas que convivem na mesma residência;
- informar as pessoas que tiveram contato direto para que também possam verificar uma possível contaminação e, se constatada, iniciar os cuidados necessários;
- utilizar a máscara mesmo dentro de casa para diminuir as chances de contaminar outros familiares;
- fazer a higienização das mãos com frequência;
- manter os ambientes o mais ventilados possível;
- se alimentar de maneira saudável;
- cuidar também da saúde mental nesse período de isolamento social.
Quais medidas de segurança devem ser adotadas para evitar contágio?
As três principais, e mais importantes, medidas de segurança para evitar o contágio pelo coronavírus são:
- utilizar máscara;
- lavar constantemente as mãos;
- manter uma distância segura de outras pessoas.
Utilizar máscara
No que se refere às máscaras, um estudo divulgado na revista especializada Aerosol Science and Technology, mostrou que esse item tem eficácia superior a 90% contra o coronavírus.
No entanto, esse percentual difere de acordo com o material de confecção da máscara.
Por exemplo, esse nível de retenção de partículas de aerossol foi observado em dispositivos de proteção profissional, tais como os modelos cirúrgicos, a PFF2 e a N95 — a variação de filtragem de partículas dessas máscaras é de 90% a 98%.
Porém, os demais materiais não deixam de ser eficazes. As máscaras fabricadas em TNT, tecido não tecido, e em polipropileno, apresentaram eficácia de proteção entre 80% a 90%.
Já as produzidas em lycra, microfibra e algodão comum filtram, em média, 40% das partículas e têm níveis de proteção que variam entre 15% e 70%.
No caso das máscaras de algodão, o ideal é utilizar as que apresentam dupla camada de tecido.
Lavar constantemente as mãos
No combate ao coronavírus, as mãos devem ser higienizadas constantemente. Para isso, sempre que possível, o ideal é dar preferência à lavagem com água e sabão. Quando o local não permitir lavar dessa forma, deve ser utilizado álcool em gel 70%.
Manter uma distância segura de outras pessoas
Para quem precisa trabalhar presencialmente, ou realizar atividades fora de casa, além de utilizar a máscara e fazer a higienização das mãos com álcool em gel, é essencial manter o distanciamento de outras pessoas.
O ideal é se manter longe, no mínimo, entre 1,5 a 2 metros. Somado a isso, deve-se evitar apertos de mãos e qualquer outra forma de contato físico, a exemplo de abraços para cumprimentar as pessoas.
Outras medidas de segurança contra o coronavírus
Somada a todas essas ações, é bem importante permanecer em casa o máximo de tempo que for possível, saindo somente para atender compromissos que são primordiais.
É também bastante indicado evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca e, caso for tossir ou espirrar, utilizar um lenço para proteger a região ou a dobra interna do braço.
Como as indústrias podem se adaptar ao risco de contaminação da Covid-19?
Todos os cuidados que acabamos de citar são válidos individualmente e também para que as empresas usem como base para orientar os seus colaboradores.
Do ponto de vista da indústria, especificamente, as medidas de segurança adotadas devem ter como foco o cuidado com a saúde dos colaboradores.
O principal objetivo é manter a qualidade de vida dos profissionais e, consequentemente, também evitar problemas relacionados a afastamentos médicos, os quais podem comprometer seriamente o volume de produção do negócio.
Para isso, é preciso adotar medidas de higienização ainda mais rígidas para proteger funcionários, clientes e manter o nível de qualidade do que é fabricado.
Por exemplo, a limpeza de ambientes comuns, tais como banheiros e refeitórios, precisa de atenção redobrada e a realização em um número maior de vezes, comparada à quantidade que era feita antes da pandemia da Covid-19.
As linhas de produção precisam respeitar o distanciamento mínimo necessário entre os profissionais, mas de modo que não afete a produção, cause problemas com a ergonomia ou sobrecarga de trabalho, caso seja preciso reduzir temporariamente o quadro de funcionários.
Se não for possível cumprir o distanciamento, uma maneira de evitar uma possível contaminação é instalando barreiras acrílicas, que criam uma camada de proteção entre os colaboradores sem afetar a dinâmica do serviço que precisa ser realizado.
Como reduzir os riscos na sua empresa?
Além de todas as medidas que citamos até agora, há diversas outras atitudes que as indústrias, bem como empresas de outros setores, podem adotar para diminuir o risco de contágio pelo coronavírus.
Assim, as principais ações que a sua empresa pode adotar com o objetivo de evitar novos casos de Covid-19 incluem:
- orientar adequadamente os funcionários;
- fornecer os equipamentos necessários para proteção individual;
- prestar assistência a quem está com suspeita de coronavírus ou teve o exame positivado;
- manter a atualização sobre as novas medidas definidas pelos órgãos de saúde.
Orientar adequadamente os funcionários
Ainda que haja diversas orientações nas mídias e que, cada dia mais, o acesso a essas informações esteja facilitado, também é papel da empresa orientar os seus funcionários quanto às boas práticas para evitar a Covid-19.
Para isso, é possível realizar palestras, mesmo que virtuais, para esclarecer as principais dúvidas, elaborar cartilhas e cartazes, e diversos outros materiais impressos ou on-line com informações de fontes seguras.
Fornecer os equipamentos necessários para proteção individual
A entrega de EPIs de segurança é obrigação de toda empresa, independentemente do ramo de atuação, e é válido sempre que a função a ser exercida pelo profissional assim exigir.
No que se refere à proteção contra o coronavírus, é bem interessante que as empresas também forneçam máscaras e disponibilizem recipientes com álcool em gel tanto para uso individual quanto distribuídos em lugares de utilização comum.
Prestar assistência a quem está com suspeita de coronavírus ou teve o exame positivado
Quando um funcionário está com suspeita de Covid-19, é essencial que a empresa o afaste de suas atividades imediatamente, bem como preste todas as orientações e suporte necessários. O mesmo princípio vale para quem testou positivo para coronavírus.
Além disso, colaboradores que tiveram contato direto com essa pessoa devem ser orientados e direcionados para realização de testes também.
Manter a atualização sobre as novas medidas definidas pelos órgãos de saúde
A pandemia do novo coronavírus é algo nunca antes vivido pela humanidade. Por isso, a cada dia, novos estudos são realizados e diferentes descobertas são feitas. Por esse motivo, uma orientação dada hoje pode ser modificada nos próximos dias.
Cabe às empresas se manterem atualizadas sobre quais práticas devem ser adotadas, a fim de atualizar suas ações e, também, orientar adequadamente os seus colaboradores.
Como tratar cargos que estão em home office?
Uma dúvida bastante comum entre as empresas é como realizar os cuidados contra o coronavírus de funcionários que estão atuando remotamente.
No caso das indústrias, é bem provável que os cargos que estejam em home office sejam os administrativos, como o setor de RH, financeiro, contabilidade, entre outros.
Ainda que parte do seu time esteja trabalhando de casa, as orientações e informações passadas devem ser as mesmas direcionadas a quem está trabalhando presencialmente.
Quanto a isso, é importante considerar que, ainda que não haja risco de contaminação no local de trabalho, esse profissional pode se contaminar de outras formas e, muitas delas, podem ser evitadas com a orientação certa.
Quer entender ainda mais sobre a Covid-19 e proporcionar mais saúde e qualidade de vida aos seus funcionários?
Então não deixe de ler o artigo “Segurança do trabalho na pandemia: quais cuidados são necessários”.